sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A contabilidade de Deus


É sobre um pai e dois filhos. Um deles, o mais velho,todo certo,de acordo com o figurino,cumpridor de todos os deveres,trabalhador.
O outro mais novo,esperto,gastador irresponsável.pegou a herança adiantado e se mandou pelo mundo,caindo na farra e gastando tudo. Acabou o dinheiro,veio a fome,foi tomar conta de porcos. Aí se lembrou da casa paterna e pensou que lá os trabalhadores passavam melhor do que ele. Imaginou que o seu pai bem que poderia aceitá-lo como trabalhador, já que não merecia mais ser tido como filho. Voltou. O pai o viu de longe. Saiu correndo ao seu encontro,abraçou-o e ordenou uma grande festa com música e churrasco. Para os pintores de parede a estória poderia ter terminado aqui. Boa estória para exortar os pecadores a se arrepender. Deus perdoa sempre. Mas não é nada disso. Tem a parte do irmão mais velho. Voltou do trabalho, ouviu a música, sentiu o cheiro de churrasco, ficou sabendo do que acontecia, ficou furioso com o pai, ofendido, e com razão. Seu pai não fazia distinção entre credores e devedores. Fosse o pai como um confessor e o filho gastador teriam, pelo menos, de cumprir uma penitencia ou castigo.
A parábola termina num diálogo suspenso entre o pai e o filho justo. Mas o suspense se resolve se entendermos as conversas havidas entre eles. Disse o filho mais moço ao pai:
“Pai, peguei o dinheiro adiantado e gastei tudo. Eu sou devedor. Tu és credor.” Responde-lhe o pai: “Meu filho, eu não somo débitos”.” Disse o filho mais velho ao pai: “ Pai, trabalhei duro,não recebi meus salários,não recebi minhas férias e jamais me deste um cabrito para me alegrar com meus amigos. Eu sou credor, tu és devedor.” Respondeu-lhe o seu pai: “ Meu filho, eu não somo créditos.”
Os dois filhos eram iguais um ao outro,iguais a nós: somavam débitos e créditos. O pai era diferente. Jesus descreve um rosto de Deus que a sabedoria humana não pode entender. Ele não faz contabilidade. Não soma nem virtudes nem pecados. Assim é o amor. Não tem porquês. Sem razões. Ama porque ama. Não faz contabilidade como os seres humanos . Nome certo para a parábola: Um pai que não tem memória .ou não sabe somar.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009


Tema: IGREJA FERMENTO
Texto: Mt 13:33 ( parábola do fermento)
Introdução: A grande dificuldade que a igreja hodierna ou contemporânea enfrenta é uma crise de visão e isso deve ao fato de não conseguir compreender sua natureza e finalidade como Corpo de Cristo na transformação da sociedade. O propósito desta mensagem é lançar novas luzes, por meio de uma teologia bíblica. Então falaremos de três aspectos que identifica a igreja fermento segundo a perspectiva do reino de Deus:
A primeira á ser identificada é a igreja invisível:
1- Ela é invisível : porque ela não tem intenção de tomar o lugar de Cristo. João disse; o que importa é que eu diminua e tu cresça o Pai.
Jesus poderia ter realizado a maioria do seu ministério em uma grande capital como Jerusalém,mas Ele foi para a Galiléia. E o que era a Galiléia naqueles dias? Lugar marginalizado pela região judaica, pois ali se concentrava grande número de gentios, de analfabetos, de pobres e mendigos.
Sofremos uma tentação de tornar as nossas igrejas visíveis ao ponto de Cristo ficar fora dela. (rádio, faixas, programas de televisão, cartazes dizendo: “vem aí o grande Homem de Deus. Se tornando estrelas, verdadeiros animadores de auditório que atraem os holofotes para si mesmo. Esta tentação pode ser chamada de “síndrome de Lúcifer” É o convite para que tomemos o lugar do próprio Cristo. Na união Soviética onde estava á igreja? Escondida mais atuante. Jesus prioriza o estar com ás pessoas dia á dia.

Outro aspecto desta igreja é o fato de ser:

2- Ela é silenciosa: por não tocar trombeta
O fermento quando atua na massa ninguém ouve barulho, ela não dá alarme como o caso dos fariseus que queriam ser reconhecidos por aquilo que faziam. O fato de não ouvir muito barulho não significa que ela está morta. Jesus quando realizava um milagre dizia para os discípulo não saírem comentando.



3- Ela é penetrante
Um pouco de fermento tem a capacidade de influenciar o poder do evangelho. Um pouquinho é capaz de transformar á sociedade.
A pergunta é, quando é quanto nós temos investido na sociedade. É triste de dizer que 90% têm sido na igreja umbilical.
• Nós preocupamos com ás estruturas, graus eclesiáticos,posições.
• Vivemos em um pragmatismo religioso, ou seja, estamos mais preocupados em questões abstratas do que o essencial que é amar a Deus acima de todas ás coisas e o seu próximo como a ti mesmo. Estamos preocupados em mudar o estilo de vida das pessoas ao nosso padrão. Deixe que elas se acheguem á Deus. A bíblia diz: conhecereis á verdade e ela vos libertará.
• Com formas, que jeito será o culto, quem será q vai pregar,
• Experiências: aquém diz: que não ter experiência, não tem intimidade com Deus. (a verdadeira experiência é quando a massa que é o mundo reconhece á formula, ou seja, uma formula sem adulteração como acontece com os combustíveis, sem falsificação como acontece com o dinheiro.
• Com o nosso bem estar e comodidade.
Nos como fermento temos que penetrar na farinha. Este é o poder penetrante da igreja. Deus quer que vc exerça o seu papel de ser igreja. Dietrich Bonhoffer afirma: “a igreja só é igreja quando existe para outros”.

Conclusão: qual tem sido a igreja que tem representado a imagem do Reino de Cristo?
Quando Cristo olha para a igreja o que ele vê? Há nossas grandes estruturas? Ou a Dona Maria que está silenciosa, mas influenciando á sua vizinhança. Hoje eu quero te desafiar á penetrar na massa.